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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A cidade (Madredeus)

Ai, esta saudade
Não tem idade
Não tem idade
Ai, esta saudade
Ai, esta saudade

Esta cidade
Não tem idade
Não tem idade
Ai esta cidade
Esta cidade

Esta verdade
Não tem idade
Não tem idade
Ai esta verdade
Ai esta verdade




Eu morei em muitas cidades:  nasci em Recife; morei no Rio de Janeiro, Maceió, Amaraji(PE), Petrolândia(PE) e outras cidades daqui do Brasil. Mas morei na Suiça. Sim, mais precisamente em Bussigny, pequena comunidade com cerca de 8.000 habitantes, em Lausanne. Passei um tempo em Lausanne, também, mas Bussigny marcou uma época da minha vida.

Morei na Praça do Russel, abaixo do Outeiro da Glória.
Hoje, não sei por qual motivo, senti saudades de lá. Na verdade, sempre que me recordo de qualquer das cidades que citei acima, sinto um aperto no coração. E pensando bem, sei o motivo: fui bem acolhida em todas e guardo um pouco de cada uma dentro de mim. Não somente dessas onde morei, mas de outras onde passei temporadas. Adoro Lisboa e adoro Genebra. E o Rio de Janeiro é a mais linda de todas!
Em Bussigny, perto da Gendarmerie, Passava lá quase todo dia .

As superquadras em Brasília.
Acho que todas as cidades têm um pouco de todas as outras. Seria uma espécie de mimetismo? Por exemplo: hoje moro em Brasília; será que dia após dia eu não estou deixando registrada a minha vida e plantando, por meio dos meus pensamentos, um pouco das demais cidades que conheci ou pelas quais passei? Talvez minhas lembranças impregnem a arquitetura, as artes e a flora daqui e quem sabe até o comportamento das pessoas com as quais eu convivo. 


Alguma semelhança com Meyrin, em Genebra?
Brasília tem paisagens semelhantes às de  Genebra. Seria o lago Paranoá lembrando o Lac Léman?  E as superquadras tão parecidas à Meyrin? O outono de Brasília tem o mesmo cheiro da Rue do Rive em Genebra. Disso, não tenho dúvidas. Assim que cheguei aqui, meu olfato me transportou para um passeio à beira do lago, em Genebra.


E o Recife? Quando estou na minha terra, recordo o Rio de Janeiro e vice-versa. O povo simpático, as praias bonitas (embora as águas mornas das praias pernambucanas sejam mais agradáveis) e até as favelas... Mas a "Cidade Maravilhosa" é incomparável! É suficiente alguém comentar que está viajando pra lá ou eu atender o telefone e ouvir aquele sotaque que amo, e meus neurônios fazem sinapses em um ritmo de doido. Já estou com vontade de comprar passagens e voar!
Minha cidade natal, a Veneza Brasileira.


Maceió, sol e mar!
Maceió tem gosto de água de côco, cheira às rendeiras do pontal do Trapiche da Barra e inunda meus olhos com o verde do mar. Nas Alagoas as praias são batizadas com nomes pitorescos: praia do Francês, Maragogi( a minha preferida), Paripuera e Praia da Sereia. Nossa, tô parecendo guia turístico!


Mas voltando ao assunto, hoje estou com saudade da Suiça. Saudade dos amigos que fiz, de falar francês fazendo biquinho, de tomar um trem na gare de Lausanne, levar sol deitada nos gramados dos parques. Das baixíssimas temperaturas suiças eu não sinto falta, mas do chocolate quente, sim! De chocolate eu gosto de qualquer maneira!



Rio São Francisco. Indescritível!
E as recordações da Suiça me levam a Petrolândia, no oeste de Pernambuco. A cidade não é bonita, mas é banhada pelo Rio São Francisco. Então, já tem enfeite! Quem conhece sabe sobre o que estou escrevendo. O Velho Chico é poesia em qualquer época do ano. As mulheres lavando roupas nas pedras, as ilhas no meio das águas infinitas, a cor da água mais evidenciada ainda pelo brilho do sol!



Moramos em um acampamento da Chesf, chamado Itaparica, e durante alguns meses trabalhei a 30km de lá. Todos os dias eu era obrigada a fazer meu trajeto em uma estrada margeando o São Francisco. Que obrigação prazerosa, principalmente se não estivesse dirigindo, porque não perdia um detalhe da paisagem. Mas essa é outra história. Conto depois!


Rio Amaraji
Ah! Como não falar sobre Amaraji? Foi lá que iniciei a minha vida profissional. Além de ser cercada de canaviais, tem belíssimas cachoeiras. Os engenhos Amorinha, Batateiras, Não Pensei(é isso mesmo, você leu certo), Garra e Animoso são sítios que permanecem na memória.


Lago Paranoá, na Capital Federal.
O que eu quero, finalmente dizer, é que essa saudade da Suiça me levou a uma conclusão: eu tive a bênção de morar sempre perto das águas. Mar, rio ou lago sempre estiveram presentes na minha vida. E hoje, tanto do local onde trabalho como do nosso apartamento, avisto água. O Lago Paranoá parece me cochichar: você é feita de mar...




Lac Léman.







quinta-feira, 17 de novembro de 2011

La Despedida

No hay más vida, no hay
No hay más lluvia, no hay
No hay más brisa, no hay
No hay más risa, no hay
No hay más llanto, no hay
No hay más miedo, no hay
No hay más canto, no hay

Llévame donde estés, llévame
Cuándo alguién se va, quién se queda
Sufre más

No hay más cielo, no hay
No hay más viento, no hay
No hay más hielo, no hay
No hay más fuego, no hay
No hay más vida, no hay
No hay más rabia, no hay
No hay más sueño, no hay

Llévame donde estés, llévame
Cuándo alguién se va, quién se queda
Sufre más
Shakira


Velório da minha avó materna em uma pequena cidade do interior de São Paulo. Quase todos os seus amigos estavam presentes, lamentando a falta que sentiriam de vovó Francesca. Era filha de imigrantes italianos e  aí havia crescido, casado, criado seus filhos e encantado seus netos.


Eu me sentia desolada porque ela fora uma das mulheres mais fortes e inteligentes da família. E tinha ideias muito além do tempo em que vivera. E era bela... E era digna... E era...

Relembrava alguns momentos passados com ela, principalmente as conversas que tínhamos depois que voltava das aulas, à hora do almoço. Nós discutíamos sobre livros porque ela era aficionada por leitura e eu, também. Dramatizava para ela meus namoros adolescentes e ela me confidenciava fatos marcantes de sua vida de mais de meio século com meu avô, que havia partido no ano passado. Com ela aprendi a ser mais sábia. Minha avó, apesar de ter cursado somente até o antigo ginasial, era senhora de si, conhecia a vida, sabia ensinar com delicadeza.  A partir daquele dia sua ausência me faria amadurecer mais devagar porque já não poderia refletir com ela seus ensinamentos.

Levantei-me e fui, mais uma vez, olhar seu rosto no caixão. Quando estava de volta à cadeira, meu olhar encontrou os de um senhor aparentando uns oitenta anos. Sentei-me junto a minha mãe e perguntei se ela o conhecia. "Seu nome é Bernardo, é uma história antiga..."

Ele seguiu lentamente até onde estava vovó, olhou-a por alguns minutos e beijou-lhe a testa. Colocou orquídeas entre as mãos dela, não sem antes beijá-las, também. Voltou-se para nós duas; olhou um a um, os que estavam no salão. O silêncio no ambiente me dizia que aquele foi um momento difícil e adiado.


" Bernardo e sua avó eram jovens em 1953. Conheceram-se na igreja por meio de olhares trocados furtivamente. Ele era filho de uma das mais influentes e ricas famílias daqui. Nós éramos gente simples do campo, plantadores de trigo. Mas você sabe, "o amor não tem fronteiras". Eles começaram a namorar escondido dos pais até que a mãe dele descobriu e o mandou para um internato. Minha mãe olhava a caixa dos correios todos os dias ; nunca recebeu uma carta, mas ficou esperando por ele. Quando ele voltou, foi para uma rápida visita aos pais; estava casado e morava em outra cidade. Ninguém nunca soube detalhes sobre o casamento. Você sabe, em uma cidade pequena notícia corre logo, mas essa união passou despercebida .


Sua avó silenciou a tristeza. Nunca comentou seus sentimentos, apenas vivia cada dia.  Tempos depois, um jovem médico apaixonou-se por ela e a pediu em casamento. Ela aceitou  e insistiu para que continuassem morando aqui. Ele concordou. Meu pai era um homem sereno.  Trabalhou no Hospital de  Santa Ágata, abriu um consultório e as pessoas o admiravam. Minha mãe dedicou-se a administrar a casa,  educar os filhos e participar, como podia, da nossa comunidade. Sei que esse homem é Bernardo porque tia Mariana, há muito tempo, havia me contado sobre ele e eu o tinha na imaginação".


Após o funeral, revirei a casa de vovó em busca de fotografias, cartas ou outros documentos onde pudesse recuperar essa história de amor, a única que minha avó me escondera. A busca foi vã. Pedi a amigos que desatassem os nós dos  meus pensamentos, mas ninguém conseguia porque, simplesmente, ninguém sabia.


Creio que, na despedida da minha avó,  presenciamos um pedido de perdão. Os jovens podem ser ousados, mas também medrosos porque são ingênuos.  Esse amor interrompido, o sonho não realizado, a mágoa carregada durante tanto tempo, deve ter sido doloroso para ambos. Que esse gesto dele, mesmo que tardio, seja sentido pela alma da minha avó. E que ela possa descansar em paz.


La despedida: http://letras.terra.com.br/shakira/1120250/


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Poema da letra Fê (Marta Macherini)

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.
Canção da América, Milton Nascimento


Esse é um poema que a minha querida amiga Marta fez para mim. Agradeço o carinho imenso que ela me dedica e fico feliz, também, porque despertei a poetisa que existe escondida nela. Na verdade eu sempre soube, mas agora ela se mostrou...
Obrigada, Marta!


Feliz
ficava
fuçando
fotos,
formando
frases.

fissurada em
facebook
foi uma
felicidade
fofocar sobre
fatos passados,
falar de amigos,
flores, paixões.

fez um blog maneiro
formulando suas ideias,
felicitando os amigos com
fantásticas estórias
feitas de amor, carinho e vitórias.

Figura
feminina,
formosa e
forte,
foi batizada como
Fátima e
fica cuidando de todos
feito
Francisco de Assis. 

Bjs,

Marta Macherini

Fonte da imagem: verlaineprado.blogspot.com

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Poema para a letra "E"

 Paulinha,

Este é um poema que fiz há algum tempo. É um ensaio para um dia, quem sabe, escrever para crianças como você...


Ela gostava de se entreter
Escorregar no corrimão da tia Terê
Espalhar brinquedos no chão pra valer.
E escovar os dentes sem se aborrecer.


Enlatados o papai não deixava comer
Empada ela comia até sem querer
Empanturrada de escarolas ia adormecer
Encaramujada ficava se sonhava em crescer.


Encabeçar a bagunça era quase um dever. 
Encenar dramalhão e não obedecer
  E a mamãe emburrada ficava a dizer:
“É minha filha, assim vou enlouquecer!”


Encabulada não era aquela menina
Escrever e ler, diversões prediletas
Extasiada encontrava seu dicionário
Espantada ficava encarando as palavras:
Elefante, encalhado, ema, espantalho...

Engraçada era aquela menina
Encaracolados eram seus belos cabelos
Encarnado era sua cor favorita
E a letra do seu nome a mais elegante:
“E” de estrela, esperta, esperança e encanto:
Estela.

A música é Passo de Elefantinho. Ouça!

Fonte das imagens: cantinhodosaber.buscasulfluminense.com
                              mycelular.org


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Minha História (Gesubambino)


Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente, laiá, laiá,laiá, laiá

Ele assim como veio partiu não se sabe prá onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto

Com seu único velho vestido, cada dia mais curto, laiá, laiá,laiá, laiá
Quando enfim eu nasci, minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo

... Minha mãe não tardou alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança...

Composição: Dalla/ Pallotino-versão:Chico Buarque

Mulher: A primeira vez que fizemos amor foi depois de uma rave e por sugestão minha. Ele era mais novo do que eu; acho que tinha uns 26 anos e eu, 32. Foi legal, e assim começamos a sair, ficar juntos, passear e nesse vai-e-vem, nosso namoro durou dois anos. Eu já tinha decidido que a partir dos 30 de idade teria um filho. Não gostaria que fosse uma “produção independente”, mas se não encontrasse um companheiro ideal esse filho seria somente meu. Eu trabalhava, ganhava um bom salário e, por comodidade, morava com meus pais que têm um excelente apartamento.

Homem(vou chamá-lo assim) ainda estudava e fazia estágios. Era charmoso, simpático e boa companhia. Aos poucos, me apaixonei e fazia o que estivesse ao meu alcance para mimá-lo. Ele morava num quarto e sala pago pelo pai, eu levava almoço, presenteava-o com roupas e o que mais achasse que ele precisava. Nós formávamos um casal, pelo menos era o que eu achava, e estávamos sempre juntos.

Quando comentei que gostaria de ter um filho e que ele fosse o pai, percebi um certo desconforto na expressão facial dele, mas compreendi perfeitamente aquela reação, afinal não é fácil cuidar de uma criança. Voltei a falar no assunto algumas vezes e insinuei que, mesmo se acabássemos o relacionamento, ainda queria que ele fosse o pai da minha criança. Até brinquei dizendo que roubaria os espermatozoides dele para que fossem inseminados no meu corpo.

Não demorou muito e começamos a ter alguns desentendimentos, briguinhas fúteis, silêncios incômodos entre nós e o namoro acabou.

Fiquei triste, depressiva, chateada, amargurada, não queria aceitar que um amor tão bem cuidado por mim tivesse um fim tão banal. Mas foi assim e reticências. Reticências porque tivemos ainda uns encontros rápidos para matar a saudade, até que coloquei um ponto final na história.

Certo dia, meu celular chamou e era Homem. “Mulher, vamos sair, tô com saudade do seu corpo, do seu carinho, tô com saudade de você. Vamos, vamos...” É claro que fui. O sexo entre nós sempre havia funcionado tão bem...

Assim que nos abraçamos e trocamos as primeiras carícias, lembrei Homem de que não estava tomando anticoncepcional e não tínhamos camisinha. Mas concordamos que “não era possível que somente daquela vez, alguma coisa acontecesse”. E continuamos o amor. Foi delicioso! Como poderia ter ficado tanto tempo longe daqueles abraços?

Um mês depois fiz teste de gravidez e o resultado foi positivo. Homem estava viajando. Liguei para ele e comuniquei a notícia. A reação foi de indignação, raiva, ódio mesmo!

Decidi ter o filho. Ele o registrou, mas quem paga a pensão é o avô paterno. Filho completou 2 anos e ainda não conhece o Homem; nem Homem conhece o filho.

Homem: Quando eu conheci Mulher o que mais me chamou a atenção nela foi sua independência; não a independência financeira, mas a forma independente como ela me fez crer que conduzia sua vida. Curtimos a rave e ela, muito sensualmente, me convidou a fazer amor. Começamos a sair juntos e em pouco tempo parecia que eu era membro da família dela.  Gostava daquele esquema: mulher bonita, família legal e eu era muito bem tratado. Mas a independência que Mulher havia me mostrado não era verdadeira. Ela morava com os pais, mesmo com condições de assumir seus compromissos.

Bem, isso não era da minha conta. O importante era que gostava da presença dela, o sexo era bom, íamos ao cinema, ao teatro, viajávamos e ela cuidava de mim como se eu fosse um príncipe. Tudo era tranquilo. Não, não a amava. Ou amava? Esse negócio de amar é coisa muito feminina. Eu estava com ela e ela comigo. Isso bastava.

Mas quando ela começou com um papo de ter filhos e  de que eu seria o pai, confesso que não me senti à vontade. Não gostei mesmo! Agi com cautela e delicadeza para dissuadi-la da ideia, mas percebi que ela apenas fez de conta que concordava comigo e eu fiz de conta que o assunto não era comigo.

Continuamos juntos, mas aos poucos percebi algo em desequilíbrio. E entre um aborrecimento e outro, o relacionamento ia se desgastando. Um dia, decidimos que era hora de virarmos as costas um para o outro. Mas a decisão era tomada e retomada todos os dias. A gente se encontrava, brigava, fazia as pazes e depois acabava de novo. Mas finalmente nos separamos.

Certo dia, vasculhando o armário, achei uma fotografia dela e senti vontade de revê-la. Telefonei e marcamos um encontro. No meio dos amassos ela falou que não estava tomando contraceptivo e perguntou se eu não teria camisinha. Mas não pensamos direito no assunto e fizemos amor ali mesmo.

Um tempo depois eu estava almoçando com minha namorada quando o celular tocou. Era Mulher: “Homem, precisamos conversar com urgência. Estou esperando um filho seu”.  Foi o holocausto para mim. Gritei logo que o filho não era meu. Tivemos uma discussão feia. Ela tinha feito de propósito, tenho certeza! Somente porque queria ser mãe a qualquer preço. Minha namorada, que é resolvida e cujo acontecimento nenhuma implicação teve no nosso relacionamento, ainda é a mesma de quando fui informado de que tinha sido eleito pai. Ainda bem que Namorada foi compreensiva comigo.O idiota aqui caiu na rede direitinho! Na rede não; no conto da barriga!

O pior é que continuo sem trabalhar e meu pai paga a pensão do guri. Já fui ameaçado pelo advogado dela de ser preso por não pagar a pensão, mas não tenho dinheiro e pronto! Se ela trabalha e queria o filho, por que não arca com a responsabilidade? Ou então, aguarda até que eu possa contribuir com as despesas do moleque? 


Ética: Plagiando o filósofo Mário Sérgio Cortella, podemos fazer as três perguntas básicas ao Homem e à Mulher: Quero ? Posso? Devo?

Mulher: Quero ter o filho; posso ter porque meu aparelho reprodutor funciona perfeitamente e tenho condições financeiras para criá-lo. Devo tê-lo? Não sei. Será que o pai deseja dividir essa responsabilidade comigo?

Homem: Não quero ter filhos, não posso ter filhos porque não posso arcar com a responsabilidade da função. Não devo tê-los pela mesma razão apresentada  anteriormente.

Ética: Por que não usaram um meio contraceptivo? Ou ainda, por que não evitaram a relação sexual?



Imagem fonte: essaeboameu.blogspot.com